AVANÇO TECNOLÓGICO VAI TRANSFORMAR MERCADO DE AÇO EM 10 ANOS
28/08/2018Lyra, que também é conselheiro do Instituto Aço Brasil, comandou o painel que contou com apresentações da arquiteta Filomena Russo; do CEO da Klöckner & Co SE, Gisbert Rühl; e do vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Sérgio Martins Mello.
O recém-lançado Programa Rota 2030, que estabelece as bases de uma política industrial do setor automobilístico pelos próximos 15 anos para estimular a modernização do setor, foi um dos pontos destacados pelo representante da Anfavea.
“Estamos vivendo uma transição política no Brasil e nós temos que construir propostas e criar um posicionamento claro da indústria para transformar a agenda política do país em uma agenda de desenvolvimento e crescimento. Neste sentido, o Rota 2030 tem potencial de atrair novas tecnologias, criar novos mercados para exportação e gerar conhecimento para o país”, disse Antonio Sérgio Martins Mello, que é também é diretor de Relações Institucionais da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) para a América Latina.
Ele aproveitou para anunciar investimentos da ordem de R$ 14 bilhões da FCA no Brasil no desenvolvimento de novos produtos entre 2018 e 2022.
O CEO da empresa alemã Klöckner & Co SE, Gisbert Rühl, por sua vez, falou sobre como a empresa siderúrgica abraçou a disrupção digital e se tornou um dos maiores pioneiros em inovação do setor industrial. Rühl contou como o processo de construção de uma unidade de inovação aos moldes das startups mudou a Klöckner & Co SE.
“Empurrei a empresa para a digitalização basicamente pelo momento difícil da indústria do aço, por conta do excesso de oferta, e também pelo próprio modelo de negócios do setor. Com o lançamento de nossa plataforma digital, conseguimos mudar toda a cadeia de suprimentos; do produtor até o cliente”, afirmou o executivo.
A arquiteta Filomena Russo, que foi sócia durante muitos anos do escritório Foster + Partners, relatou como foi o desenvolvimento do projeto AQWA da Tishman Speyer no Porto do Rio de Janeiro, um edifício que, graças a estruturas metálicas inovadoras, mudou a paisagem da Zona Portuária da capital carioca e provou que novas tecnologias em construção podem surgir também no Brasil.
“Temos que parar com essa ideia de grandes inovações no setor do aço não podem acontecer aqui no nosso país”, disse a arquiteta. As informações são do IABr.